Moro Afirma que Suposto Esquema de Beto Richa Não Era
Moro afirma que suposto esquema de Beto
Richa não era
BRASÍLIA - O juiz federal Sérgio Moro afirmou em despacho que
existem provas suficientes para justificar as buscas da Operação
Piloto, 53ª fase da Lava Jato, na residência do ex-governador do
Paraná Beto Richa (PSDB), e de seu irmão José Carlos Richa, o
Pepe Richa.
existem provas suficientes para justificar as buscas da Operação
Piloto, 53ª fase da Lava Jato, na residência do ex-governador do
Paraná Beto Richa (PSDB), e de seu irmão José Carlos Richa, o
Pepe Richa.
Para o magistrado, o suposto esquema de corrupção na gestão do
tucano “não se trata de um crime trivial”.
tucano “não se trata de um crime trivial”.
A operação investiga o envolvimento de funcionários públicos e
empresários com a empreiteira Odebrecht no favorecimento de
licitação para obras na rodovia estadual PR-323, em 2014. A obra
foi contratada por R$ 7,2 bilhões.
empresários com a empreiteira Odebrecht no favorecimento de
licitação para obras na rodovia estadual PR-323, em 2014. A obra
foi contratada por R$ 7,2 bilhões.
Segundo Sérgio Moro, trata-se de “complexas operações de
lavagem [de dinheiro] em esquema criminoso que transcende o
produto do crime de corrupção em questão”. “O contexto não é
de envolvimento ocasional em crimes de corrupção, mas da prática
de crimes de grande corrupção e de complexas operações de lavagem
de dinheiro”.
CONTRAPARTIDA - O juiz afirma no despacho que as investigações
“apontam o pagamento de, pelo menos, R$ 3,5 milhões para direcionar
licitação em favor do Grupo Odebrecht, com utilização de
sofisticado sistema de ocultação e dissimulação do produto do crime,
inclusive com utilização de contas secretas no exterior”.
“apontam o pagamento de, pelo menos, R$ 3,5 milhões para direcionar
licitação em favor do Grupo Odebrecht, com utilização de
sofisticado sistema de ocultação e dissimulação do produto do crime,
inclusive com utilização de contas secretas no exterior”.
“Não se trata, em princípio, de meras doações eleitorais não
registradas, pois os pagamentos tiveram uma contrapartida, a
atuação do chefe de gabinete do então governador para reduzir a
concorrência da licitação para duplicação da PR-323 em benefício
do Grupo Odebrecht”, ressaltou Sérgio Moro.
Segundo o juiz federal, o quadro probatório apresentado pela Polícia
Federal e Ministério Público Federal “é mais do que suficiente para
caracterizar causa provável a justificar a realização de busca e apreensão
nos endereços dos investigados”.
“Faço essa ressalva especialmente em relação às buscas atinentes a
parte dos investigados, como o ex-governador do estado Carlos
Alberto Richa, em campanha eleitoral para o Senado. Há provas
que justificam as buscas, pois ele é apontado como beneficiário dos
valores provenientes dos crimes e de um esquema de lavagem de
dinheiro. Ressalve-se, porém, que ainda se trata de uma fase de
investigação, a busca nela se inserindo, e que, portanto, não é
possível, no presente momento, qualquer afirmação conclusiva
quanto à responsabilidade dele”, apontou no despacho.
PRISÕES - No despacho, o juiz federal determina a prisão de
Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Richa no governo do
Paraná, e de Jorge Atherino, empresário acusado de ser um dos operadores
do recebimento de propinas do ex-governador. Os dois foram detidos
nesta terça-feira.
“Há, conforme análise já efetuada, prova suficiente de materialidade
e autoria de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, sendo que,
em relação a Deonilson Roldo e Luciano Ribeiro Pizzato [delator
do esquema], também há provas de autoria em relação ao crime de
fraude à licitação”, destacou.
Na decisão, Sérgio Moro afirma que o volume das operações
financeiras suspeitas de lavagem de dinheiro atribuídas a Deonilson
Roldo e Jorge Theodocio Atherino parece transcender o crime de
lavagem em relação a vantagens indevidas recebidas no contrato da
duplicação da PR 323, “o que é indício de envolvimento em outros
crimes de corrupção ou em lavagem de outros crimes de corrupção.
A ilustrar, a movimentação financeira de mais de R$ 500 milhões
das empresas de Jorge Theodocio Atherino e com mais quinze
milhões recebidos em espécie”, apontou.
Segundo o despacho, Deonílson Roldo ocupou cargos relevantes no
governo estadual e há indícios de que se envolveu na prática contínua
de crimes de corrupção e de lavagem. “Como os mesmos esquemas de
lavagem podem ter sido utilizados pelos beneficiários da vantagem
indevida para ocultar e dissimular produto de outros crimes contra a
administração pública, é legítima a realização de buscas e apreensões mais
amplas”.
Patrulha Rural
Beto Richa, que é candidato ao Senado pelo PSDB, foi preso na manhã
desta terça-feira (11) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco), por também ser alvo de outra operação, a
Patrulha Rural, deflagrada pelo Ministério Público Estadual do Paraná.
Além dele, sua mulher, Fernanda Richa, e seu irmão também foram presos.
Ao todo, foram expedidos cinco mandados de prisão temporária e 26 de
busca e apreensão em Curitiba, Londrina, Santo Antônio do Sudoeste e
Nova Prata do Iguaçu.
Procurada, a assessoria de Beto Richa informou que ainda aguarda
orientações da defesa para se manifestar. A reportagem ainda não
conseguiu contato da defesa de Deonílson Roldo.
registradas, pois os pagamentos tiveram uma contrapartida, a
atuação do chefe de gabinete do então governador para reduzir a
concorrência da licitação para duplicação da PR-323 em benefício
do Grupo Odebrecht”, ressaltou Sérgio Moro.
Segundo o juiz federal, o quadro probatório apresentado pela Polícia
Federal e Ministério Público Federal “é mais do que suficiente para
caracterizar causa provável a justificar a realização de busca e apreensão
nos endereços dos investigados”.
“Faço essa ressalva especialmente em relação às buscas atinentes a
parte dos investigados, como o ex-governador do estado Carlos
Alberto Richa, em campanha eleitoral para o Senado. Há provas
que justificam as buscas, pois ele é apontado como beneficiário dos
valores provenientes dos crimes e de um esquema de lavagem de
dinheiro. Ressalve-se, porém, que ainda se trata de uma fase de
investigação, a busca nela se inserindo, e que, portanto, não é
possível, no presente momento, qualquer afirmação conclusiva
quanto à responsabilidade dele”, apontou no despacho.
PRISÕES - No despacho, o juiz federal determina a prisão de
Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Richa no governo do
Paraná, e de Jorge Atherino, empresário acusado de ser um dos operadores
do recebimento de propinas do ex-governador. Os dois foram detidos
nesta terça-feira.
“Há, conforme análise já efetuada, prova suficiente de materialidade
e autoria de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, sendo que,
em relação a Deonilson Roldo e Luciano Ribeiro Pizzato [delator
do esquema], também há provas de autoria em relação ao crime de
fraude à licitação”, destacou.
Na decisão, Sérgio Moro afirma que o volume das operações
financeiras suspeitas de lavagem de dinheiro atribuídas a Deonilson
Roldo e Jorge Theodocio Atherino parece transcender o crime de
lavagem em relação a vantagens indevidas recebidas no contrato da
duplicação da PR 323, “o que é indício de envolvimento em outros
crimes de corrupção ou em lavagem de outros crimes de corrupção.
A ilustrar, a movimentação financeira de mais de R$ 500 milhões
das empresas de Jorge Theodocio Atherino e com mais quinze
milhões recebidos em espécie”, apontou.
Segundo o despacho, Deonílson Roldo ocupou cargos relevantes no
governo estadual e há indícios de que se envolveu na prática contínua
de crimes de corrupção e de lavagem. “Como os mesmos esquemas de
lavagem podem ter sido utilizados pelos beneficiários da vantagem
indevida para ocultar e dissimular produto de outros crimes contra a
administração pública, é legítima a realização de buscas e apreensões mais
amplas”.
Patrulha Rural
Beto Richa, que é candidato ao Senado pelo PSDB, foi preso na manhã
desta terça-feira (11) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco), por também ser alvo de outra operação, a
Patrulha Rural, deflagrada pelo Ministério Público Estadual do Paraná.
Além dele, sua mulher, Fernanda Richa, e seu irmão também foram presos.
Ao todo, foram expedidos cinco mandados de prisão temporária e 26 de
busca e apreensão em Curitiba, Londrina, Santo Antônio do Sudoeste e
Nova Prata do Iguaçu.
Procurada, a assessoria de Beto Richa informou que ainda aguarda
orientações da defesa para se manifestar. A reportagem ainda não
conseguiu contato da defesa de Deonílson Roldo.
D-MORO
Deixe Seu Comentário