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Audiências com testemunhas de defesa do “Caso Daniel” entram no terceiro dia; confira um resumo

Audiências com testemunhas de defesa do “Caso Daniel” entram no terceiro dia; confira um resumo



As audiências de instrução com as testemunhas de defesa do processo que investiga a morte do jogador Daniel Corrêa Freitas, de 24 anos, entram no terceiro dia, nesta quarta-feira (3). As oitivas, acontecem no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Até o momento, 36 pessoas já foram ouvidas.

O segundo dia foi marcado por desentendimentos entre os advogados da família Brittes e Nilton Ribeiro, assistente de acusação e advogado da família de Daniel. Ambos bateram boca por causa de uma reportagem veiculada por uma rádio.

Na matéria, Nilton criticou o comportamento dos acusados, dizendo que ambos estavam dando risada, fazendo chacota e em clima de festa. A defesa da Família Brittes, liderada por Cláudio Dalledone Júnior, rebateu os ataques e pediu a manifestação da juíza Luciani Regina Martins de Paula e ao promotor do caso Marco Aurélio Oliveira sobre o comportamento dos réus. Os dois afirmaram que não viram tais atitudes.

A maioria das testemunhas ouvidas eram arroladas pela defesa de Cristiana Brittes, esposa de Edison Brittes Júnior, autor confesso do assassinato do jogador. Um dos depoimentos foi do pai de Cristiana, Pedro Rodrigues. Ele afirmou que a filha não tinha condições de impedir que o marido matasse o atleta, devido ao porte físico dele e o dela.



Além disso, dois peritos contratados pela defesa do réu Eduardo Henrique da Silva também foram ouvidos. O interrogatório deles aconteceu por videoconferência, pois moram em Ponta Grossa e foram ouvidos naquela Comarca. Eles disseram que os laudos de necropsia do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística não são conclusivos e não há como apontar quantas pessoas teriam carregado o corpo do jogador para a mata na estrada rural da Colônia Mergulhão, zona rural de São José dos Pinhais, onde foi encontrado.

A tentativa da defesa de Eduardo é mostrar que apenas uma pessoa teria levado o corpo do jogador, nesse caso, Edison Brittes, como aponta o advogado de defesa do réu, Alexandre Stadler. “A situação do levantamento do local tem situações de rastro de sangue e ele vai comprovar que quando tem situação de rastro de sangue é porque a pessoa arrastou a outra sozinha”, disse.

Na segunda-feira, os destaques foram os depoimentos do dono da moto utilizada por Brittes e o gerente da casa noturna em que os envolvidos estavam na noite antes do crime.


Caso Daniel: Mais um suspeito de envolvimento na morte do jogador deve prestar depoimento à polícia
Nesta fase, quatro dias foram reservados para seguimento da instrução e julgamento do caso: 1º,2,3 e 5 de abril (segunda, terça, quarta e sexta feira). Caso não exista tempo hábil para ouvir todos os citados, a juíza Luciani Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal, Júri e Execuções Penais deve marcar novas datas para o fim das audiências. Após ouvidas as testemunhas, os sete acusados devem ser interrogados.

As audiências de instrução são o último passo para que a juíza decida se os réus vão ou não para o júri popular.

QUEM SÃO OS ACUSADOS

Respondem pelo crime o comerciante Edison Brittes, assassino confesso de Daniel; Cristiana Brittes, esposa de Edison; Allana Brittes, filha do casal; Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, Ygor King, David Vollero Silva e Evellyn Brisola Perusso.

Dos suspeitos, apenas Evellyn Brisola Perusso, responde o processo em liberdade. Os outros seis foram detidos poucos dias após o crime:
Edison Brittes Júnior – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente e coação no curso do processo;
Cristiana Brittes – homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de adolescente;
Allana Brittes – coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de adolescente;
Eduardo da Silva – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente;
Ygor King – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente;
David Willian Vollero da Silva – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de adolescente e denunciação caluniosa;
Evellyn Brisola Perusso – denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de adolescente e falso testemunho.
O CASO

Revelado pelo Cruzeiro e com passagens por Coritiba, São Paulo, Ponte Preta, Botafogo e São Bento, Daniel veio para Curitiba comemorar o aniversário de 18 anos de Allana Brittes, no dia 26 de outubro, em uma casa noturna, no bairro Batel. A comemoração se estendeu na casa dos pais de Allana, Cristiana e Edison Brittes, último lugar que o jogador teve contato com amigos pelo WhatsApp. Na casa, ele foi espancado e depois conduzido no porta-malas do carro de Edison até a Colônia Mergulhão, onde foi morto.

O corpo do jogador foi encontrado em uma área de mata, na cidade de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no sábado (27), por moradores da região. Ele estava nu, com diversos cortes, dois deles profundos na região do pescoço, e teve o pênis decepado. O órgão estava pendurado em uma árvore a 20 metros de onde o corpo foi encontrado.

Edison foi gravado em ligação com um amigo da vítima se lamentando sobre o sumiço do atleta e dando outra versão sobre o que aconteceu na noite em que Daniel morreu. Na ligação, que aconteceu após o corpo de Daniel ter sido encontrado e identificado, Edison Brittes diz que não sabia como Daniel foi embora e que estava chocado com o caso. Falou também que teve que dar calmante para a filha, Allana, após saberem da morte da vítima e que ele chegou a ligar para a irmã de Daniel para dar os pêsames.

Edison afirma que Daniel estava no quarto tentando estuprar Cristiana. O delegado responsável pelo caso, Amadeu Trevizan, declarou que a família Brittes mentiu nos depoimentos e que teriam formulado uma história.


Fonte: Paraná Portal
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