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MP Pede que Ex-Prefeito que Usou Cilindro de Oxigênio para Bombear Chope vá a Júri Popular

MP pede que ex-prefeito que usou cilindro de oxigênio para bombear chope vá a júri popular

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu que o ex-prefeito de Luiziana, no centro-oeste do Paraná, José Claudio Pol (PMDB), conhecido na cidade como Claudião (2009-2012), e outros dois réus vão a júri popular pelos crimes de homicídio qualificado e peculato. Eles são acusados de ter desviado um cilindro de oxigênio da unidade de saúde do município, utilizando para bombear chope em uma festa particular. Na ocasião, uma mulher morreu pela falta do equipamento.
O pedido consta nas alegações finais do MP-PR, apresentadas pelo promotor André Del Grossi Assumpção, no último dia 7 de novembro. Mas só veio a público nesta quarta-feira (21).
O caso aconteceu na virada de ano de 2012 para 2013. Na época, familiares do ex-prefeito publicaram fotos com o cilindro em uma rede social.
Segundo investigação do Ministério Público do Paraná (MPPR), o ex-gestor mandou retirar da unidade de saúde do município o único cilindro de oxigênio que estava apto para ser usado em casos de emergência pela ambulância e utilizou este equipamento para bombear chope durante uma festa particular.


Os outros dois envolvidos foram denunciados porque retiraram o cilindro do local e o transportaram até a residência do então prefeito.
Agora as defesas também terão o prazo para apresentar sua alegações finais. Após isso, o juiz decide se os acusados são inocentes, se arquiva o processo ou se serão julgados pelo Tribunal do Júri.
A reportagem tenta contato com a defesa de José Claudio Pol.
MORTE
Conforme a denúncia, a retirada do equipamento do posto de saúde prejudicou o atendimento a uma paciente, que, na madrugada de 1º de janeiro de 2013, foi levada à unidade com fortes dores no peito e dificuldade de respirar.
Os profissionais que a atenderam, diante da gravidade do quadro, determinaram a remoção da mulher para Campo Mourão, a 30 quilômetros, onde ela poderia ser tratada adequadamente. Para manter a respiração da paciente durante o trajeto, era necessário utilizar o cilindro de oxigênio. Entretanto, embora o município dispusesse do equipamento portátil, este não se encontrava na Unidade de Saúde, razão pela qual a viagem precisou ser feita sem a oxigenação da paciente e ela chegou em Campo Mourão com parada cardiorrespiratória.
No dia seguinte, já internada em Campo Mourão, a mulher morreu.
CONDENADO POR IMPROBIDADE
Em março, o ex-prefeito foi condenado pela 2ª Vara de Fazenda Pública por ato de improbidade administrativa. Com a decisão, ele foi condenado à suspensão dos direitos políticos pelo prazo de três anos e ao pagamento de multa de ação civil no valor de dez vezes mais a remuneração que recebia quando prefeito. O valor foi destinado aos cofres públicos.



        
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