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Paraná Tem Queda no Número de Mulheres Assassinadas em 2018, mas Feminicídio aumenta

Paraná tem queda no número de mulheres assassinadas em 2018, mas feminicídio aumenta



O número de mulheres assassinadas no Paraná diminuiu em 2018 em comparação ao ano anterior, segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado (Sesp-PR). Foram 162 mortes no ano passado, contra 182 registrados em 2017.


O levantamento considera os casos de homicídios dolosos cometidos contra mulheres e os feminicídios, quando o crime é motivado pelo fato de a vítima ser mulher.


De acordo com dados da secretaria, houve aumento no número de feminicídios, que subiu de 41 para 61.


No Brasilá, o total de feminicídios no país aumentou, de 1.047 para 1.135.

Os dados de feminicídios e homicídios dolosos contra mulheres, divulgados sobre todos os estados brasileiros, foram reunidos projeto Monitor da Violência.

Investigações

A chefe da Coordenadoria das Delegacias da Mulher do Paraná (Codem), Marcia Vieira Marcondes, conta que mesmo com a redução dos números, ainda é necessário "um olhar mais atento" aos casos que envolvem assassinatos de mulheres.

Uma atenção que, segundo ela, parte desde o atendimento aos casos de violência doméstica que podem anteceder crimes ainda mais graves contra as vítimas.

"Temos que analisar caso a caso, mas a sensação é de que temos melhorado (...) Ainda somos muito machistas, conservadores, e essas mudanças tem que acontecer. Estão acontecendo, mas são muito lentas", ressalta.

Somente em 2015, a Lei nº 13.104 passou a prever o feminicídio entre as classificações de crimes, com pena prevista de 12 a 30 anos de prisão. A pena para homicídios simples é de 6 a 20 anos de prisão.


Em 2018, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) apresentou 131 denúncias à Justiça por feminicídio ou tentativa de homicídio contra mulheres, pelo fato de serem mulheres. Os processos se referem não apenas a crimes cometidos no ano, mas também a registros investigados em anos anteriores.



Ainda de acordo com a chefe do Codem, de forma geral, o aumento na classificação dos casos como feminicídio, que refletem o crescimento dos números entre 2017 e 2018, pode ser um reflexo sobre a discussão do assunto, inclusive no meio policial.

Crimes

Entre os casos de feminicídio registrados em 2018, está a morte da advogada Tatiana Spitzner, em Guarapuava, na região central, que foi morta pelo marido e teve o corpo jogado do quarto andar do prédio onde morava, segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR).


No mesmo ano, em Foz do Iguaçu, no oeste, a jovem Kerolin da Costa, de 23 anos, foi morta pelo ex-namorado, de acordo com a Polícia Militar (PM), depois de encerrar o primeiro dia de trabalho em um hotel da cidade.


Violência doméstica


Em grande parte dos feminicídios investigados, de acordo com a coordenaria, os autores dos crimes possuem histórico de agressões ou ameaças contra as vítimas.

O registro de boletins de ocorrência dos casos de violência doméstica auxiliam na elucidação dos crimes de homicídio, segundo a Polícia Civil, e devem proteger as vítimas dos agressores, antes que os homicídios aconteçam.

Por isso, conforme a polícia, é fundamental que as situações sejam denunciadas.

"Não pode deixar ficar embaixo do tapete. Não tem problema em falar, até exaustivamente sobre isso, porque se você não fala, a coisa tende a piorar", ressalta a coordenadora do Codem.

No Paraná, existem 20 delegacias especializadas em atendimento às mulheres, as Delegacias da Mulher: uma em Curitiba, duas localizadas na Região Metropolitana da capital e outras 17 no interior do estado.

Denúncias de crimes contra mulheres podem ser feitas pessoalmente, tanto nas delegacias especializadas, quanto nas divisões e subdivisões policiais, por telefone, ligando para o 180 ou acionando a Polícia Militar, no 190.


Fonte: G1






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