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Em Recuperação Lenta, PIB Repete 2017 e Frustra Economistas

Em recuperação lenta, PIB repete 2017 e frustra economistas




O Produto Interno Bruto (PIB) da economia brasileira cresceu 1,1% no ano de 2018, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e somou R$ 6,8 trilhões. No quarto trimestre, o crescimento foi de 0,1% em comparação com o trimestre imediatamente anterior do ano passado.

Segundo economistas, a atividade econômica no País não ganhou tração e teve um desempenho igual ao de 2017, quando avançou 1,1%. Eles citam que efeitos pontuais, como as eleições e a greve dos caminhoneiros, prejudicaram o crescimento no ano, mas também avaliam que a limitada recuperação do mercado de trabalho impediu que a atividade econômica ganhasse força.

Em relação a 2018, economistas também ressaltam a diferença entre a expectativa de crescimento no início do ano, quando a pesquisa Focus, que reúne previsões do mercado financeiro para a economia, chegou estimar um avanço de 2,92% e o crescimento de 1,1% divulgado nesta quinta-feira, 28.

O resultado anual ficou no piso das expectativas coletadas por 48 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast. As casas previam um crescimento que variava de 1,1% a 1,35%, com mediana de 1,20%.

No quarto trimestre do ano passado, ainda que alguma desaceleração do PIB fosse esperada depois de um terceiro trimestre atípico, com a reversão dos danos da greve dos caminhoneiros e efeitos da liberação do PIS/Pasep, o desempenho efetivo da atividade no fim do ano ficou aquém do previsto pelos economistas, principalmente diante do avanço dos indicadores de confiança. Essa fraqueza do quarto trimestre acende um alerta para o ritmo de crescimento no começo de 2019, segundo economistas.

O avanço de 0,1% no último trimestre do ano ficou dentro das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, que previam um recuo de 0,20% a um avanço de 0,36%, com mediana positiva de 0,1%.
Desempenho dos setores

O IBGE registrou desempenho positivo em 2018 nas atividades da agropecuária (0,1%), da indústria (0,6%) e dos serviços (1,3%).

No primeiro setor, que teve resultado recorde em 2017, os números foram puxados pela agricultura, com destaque para café (29,4%), algodão (28,4%), trigo (25,1%) e soja (2,5%). Houve quedas nas lavouras de milho (-18,3%), laranja (-10,7%), arroz (-5,8%) e cana (-2,0%).

Na indústria, o destaque foi o segmento de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que cresceu 2,3%ante 2017. Por outro lado, a construção teve retração de 2,5% em 2018 - foi o quinto ano seguido de queda.

Com o bom resultado nos segmentos de veículos automotores, papel e celulose, farmacêutica, metalurgia e máquinas e equipamentos, as indústrias de transformação cresceram 1,3% no ano.

Em servidos, todas as atividades tiveram variação positiva, com destaque para atividades imobiliárias (3,1%), comércio (2,3%) e transporte, armazenagem e correio (2,2%).

Entre os componentes da demanda interna, o consumo das famílias cresceu 1,9% e os investimentos, 4,1%, depois de quatro anos no negativo. O consumo do governo se manteve estável (0,0%).

As exportações de bens e serviços cresceram 4,1%, enquanto as importações subiram 8,5%.
Revisões.


O IBGE revisou o PIB do terceiro trimestre de 2018 ante o segundo trimestre do ano, de 0,8% para 0,5%. O órgão também revisou a taxa do PIB do segundo trimestre de 2018 ante o primeiro, de 0,2% para 0,0%.

A taxa do primeiro trimestre de 2018 ante o quarto trimestre de 2017 saiu de 0,2% para 0,4%. Já o resultado do quarto trimestre de 2017 ante o terceiro trimestre de 2017 passou de 0,2% para 0,3%.
Como o PIB é calculado?

O PIB pode ser calculado de duas maneiras. Uma delas é pela soma das riquezas produzidas dentro do país, incluindo nesse cálculo empresas nacionais e estrangeiras localizadas em território nacional. Nesse cálculo entram os resultados da indústria (que respondem por 30% do total), serviços (65%) e agropecuária (5%). Entra no cálculo apenas o produto final vendido, por exemplo, um carro e não o aço e ferro da produção. Evita-se, assim, a contagem dupla de certas produções.

Outra maneira de medir o PIB é pela ótica da demanda, ou seja, de quem compra essas riquezas. Nesse caso, são considerados o consumo das famílias (60%), o consumo do governo (20%), os investimentos do governo e de empresas privadas (18%) e a soma das exportações e das importações (2%). Esses dois cálculos devem sempre chegar ao mesmo resultado.

No Brasil, o cálculo do PIB é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), instituição federal subordinada ao Ministério do Planejamento, desde 1990. Antes disso, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) era responsável pela medição.

Fonte: MassaNews


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