Requião afirma que reforma econômica é a...
Requião afirma que reforma econômica é a 'mãe das reformas' e que
todos os partidos entraram no 'jogo da corrupção'
O candidato ao Senado pelo Paraná Roberto Requião (MDB) afirmou, em entrevista nesta quarta-feira (19), que a reforma econômica é a "mãe das reformas".
Requião falou isso ao ser perguntado se acredita que uma reforma política deveria incluir limite para o número de reeleições, para acabar coma a figura do "político profissional". Ele ocupa cargos públicos desde 1983. No Senado, são 16 anos.
Nesta semana, a RPC – afiliada da Rede Globo no Paraná – está realizando entrevistas com os candidatos do estado ao Senado. Confira abaixo o cronograma das entrevistas, que seguem até sexta-feira (21).
O candidato também disse que a reforma política é necessária. "Nós temos um número brutal de partidos", afirmou.
A renovação política, de acordo com Requião, ocorre por meio das eleições. "Eu acho que por um limite aos mandatos deve ser interessante", disse.
Capital financeiro
O candidato afirmou que o problema básico do Brasil é estar na mão do capital financeiro.
"O cartão de crédito tem juros de 446%, já foi de 660% em determinados momentos, em momentos muito recentes. Nós temos que tirar o país da mão do capital financeiro, que é o capital vadio.
O capital que não produz o botão de uma roupa, uma peça de uma máquina, não produz um bem, não dá um emprego e vive da sua própria rolagem – basicamente a rolagem das dívidas públicas de países e dívidas, como a brasileira, que nunca foi auditada", disse.Requião defendeu a valorização do capital produtivo que gera empregos e que produz bens e serviços.
"É fundamental isso", afirmou. Portanto, segundo ele, a reforma econômica é a mais importante.
Corrupção
"Todos os partidos entraram no jogo da corrupção", afirmou ao falar sobre a questão de o MDB estar envolvido em casos investigados pela Operação Lava Jato. Ele ainda citou outro partido citado em escândalo político recente.
Requião disse que a base do MDB é "muito boa". "São trabalhadores, pequenos e médios empresários que se sensibilizariam com clareza por uma proposta desenvolvimentista e nacionalista", explicou.
Requião disse que a base do MDB é "muito boa". "São trabalhadores, pequenos e médios empresários que se sensibilizariam com clareza por uma proposta desenvolvimentista e nacionalista", explicou.
O candidato se colocou contra a proposta das 10 medidas contra a corrupção do Ministério Público Federal (MPF). Requião disse que a proposta é uma "sandice".
"Ela não é contra a corrupção. Ela estabelece uma hegemonia e um predomínio do Ministério Público. Ela acaba até com o poder dos juízes liquidando o habeas corpus", explicou.
Requião disse ser "absolutamente" a favor da prisão em segunda instância, desde que se tenha um projeto de punição para abuso de poder.
"Em determinados momentos, os juízes não se reportam mais à lei. Eles interpretam a lei ao seu sabor, ao seu gosto, segundo a sua inclinação política, ideológica, filosófica. Não pode ser assim", disse.
Lava Jato
Requião opinou sobre a Operação Lava Jato: "No começo, expôs a corrupção ao Brasil. Ela prestou um serviço incrível".
Mas, depois, conforme o candidato, a Lava Jato passou a ter posicionamento ideológico, filosófico e político.
'Dever de fiscalizar'
"Eu não dialogo com corrupto e com pilantra", afirmou Requião ao ser questionado sobre o fato de os opositores dizerem que ele não conversa com governos que são da oposição.
Requião disse que, enquanto senador, não impediu nenhum empréstimo para o Paraná, mas tentou impor condições que dessem transparência.
"O que eu fiz foi exercer no Senado Federal o meu dever de fiscalizar o estado do Paraná, a medida que tomava medidas para ajudar o estado", explicou.
Programação das entrevistas:
- Segunda-feira (17): Alex Canziani (PTB)
- Terça-feira (18): Oriovisto (PODE)
- Quarta-feira (19): Requião (MDB)
- Quinta-feira (20): Beto Richa (PSDB)
- Sexta-feira (21): Flávio Arns (Rede)
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