Ex-prefeita e ex-secretário de esportes de Paranacity têm bens bloqueados por pagamento irregular de diárias
Ex-prefeita e ex-secretário de esportes de Paranacity têm bens bloqueados por pagamento irregular de diárias.
A ex-prefeita Edneia Buchi Batista, o ex-secretário de esportes Cláudio José de Vitro e um servidor público de Paranacity, no noroeste do Paraná, tiveram os bens bloqueados pela justiça por pagamento irregular de diárias de viagem. De acordo com a decisão liminar na ação civil pública por improbidade administrativa, o valor bloqueado é de quase R$ 67 mil.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) apontou que em maio de 2015, o ex-secretário e o servidor receberam duas diárias cada sem pernoitar em outro município. As investigações indicaram ainda que a viagem para Londrina, a 150 km de Paranacity, teve motivação pessoal: a regularização de carteiras profissionais.
A ex-prefeita foi acionada na ação por omissão, porque não exigiu a prestação de contas das atividades da viagem, como determina a lei. A Justiça já havia determinado no início do mês o bloqueio de parte dos bens de Edneia e do ex-secretário de administração Thiago Buchi Batista, filho da ex-prefeita, em outro caso de uso irregular de diárias.
Se condenados, os responsáveis podem, entre outros, perder a função pública, ter os direitos políticos suspensos e obrigação de restituir o dado causado ao patrimônio público, além de pagar multa.
Vice-prefeito e secretário de administração
Em outra ação por pagamento irregular de diárias de viagem, o vice-prefeito Rodolfo Alexandre Campos e o secretário de administração de Paranacity, Leonardo Esporte Syduloviez, também tiveram bens bloqueados por determinação judicial.
O MP-PR levantou que em fevereiro de 2015, o vice-prefeito, que na época era vereador, e o secretário, então diretor-geral da Câmara Municipal, receberam valores para o ressarcimento de despesas com uma viagem a Maringá - a 70 km de Paranacity e onde não pernoitaram.
Campos - que segundo a promotoria chegou a receber duas diárias pela mesma viagem - terá R$ 8,3 mil bloqueados e Syduloviez R$ 4,1 mil.
Se condenados, os dois também poderão perder as funções públicas, ter os direitos políticos suspensos e serem obrigados a pagar multa e a restituir o dano causado.
Procurado, o vice-prefeito disse que não foi notificado da decisão.
Em nota, o secretário disse que recebeu uma diária para uma viagem a serviço da Câmara para Maringá e que, por não ter passado a noite na cidade, devolveu o dinheiro corrigido. Ele justificou que como a Câmara não tem veículo oficial, a viagem foi feita com o carro dele e que as despesas, como combustível e pedágio, foram pagas com recursos próprios.
“Tendo em vista que a devolução da diária foi realizada de forma integral e atualizada, não tem razão de ser a alegação de que assim agindo causei dano ao erário ou me enriqueci ilicitamente, como pretende o representante do Ministério Publico com a ação”, destacou.
g1.pr/norte-noroeste Terra Rica Notícias
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